Aprenda como calcular a taxa interna de retorno de um investimento

Aprenda como calcular a taxa interna de retorno de um investimento

Você tem uma ótima ideia para um novo produto que aumentará a receita ou um novo sistema que reduzirá os custos da empresa. Mas como você pode ter certeza de que é um investimento que vale a pena? Toda vez que você propõe uma despesa de capital, pode ter certeza de que os líderes seniores desejarão saber o que é o retorno sobre o investimento (ROI). Há uma variedade de métodos que você pode usar para calcular o ROI e um deles é a Taxa Interna de Retorno.

Algumas pessoas acham que é fácil calcular a taxa interna de retorno que você ganhou em um investimento, mas isso pode ser mais complicado do que se imagina.

Os fluxos de caixa (depósitos e retiradas), bem como o tempo desigual (raramente você investe no primeiro dia do ano e retira seu investimento no último dia do ano), tornam os cálculos de retornos mais complicados.

Mas, afinal, o que é a taxa interna de retorno

Taxa Interna de Retorno, ou TIR — em inglês IRR (Internal Rate of Return) — é um indicador utilizado para análise da viabilidade econômica de algum investimento.

Em termos simples, a taxa interna de retorno de um investimento é a porcentagem obtida em cada real investido para cada período em que é investido.

Ele é muito utilizado por ser simples de comparar. Se você tem dúvidas sobre qual investimento escolher, baixa ver qual tem a maior taxa interna de retorno.

No entanto, fazer o cálculo da TIR pode ser um desafio.

Vamos dar uma olhada em um exemplo de cálculo de retorno usando juros simples e, em seguida, veremos como os fluxos de caixa e o tempo desiguais tornam o cálculo mais complexo.

Exemplo de juros simples:

Se você colocar R$ 1.000 no banco, o banco paga juros e, um ano depois, você tem R$ 1.042. Nesse caso, é fácil calcular a taxa de retorno em 4,2%. Você simplesmente divide o ganho de R$ 42 em seu investimento original de R$ 1.000.

Fluxos de caixa irregulares e tempos de investimento também irregulares tornam o cálculo da taxa interna de retorno mais difícil.

Quando você recebe uma série desigual de fluxos de caixa ao longo de vários anos, ou durante um período ímpar, o cálculo da taxa interna de retorno torna-se algo mais complexo.

Um exemplo simples que explicará a situação é o caso da caderneta de poupança. Com suas finanças pessoais, muitas pessoas optam por investir em uma caderneta de poupança.

Nesse caso, uma certa quantia é investida e o banco paga juros à pessoa que "emprestou" o dinheiro. Esses juros são compostos, ou seja, se você investir R$1000,00 e o banco dê 5% de lucro ao mês, no primeiro mês você ganhará R$ 50,00; no entanto, ao final do segundo mês você não ganhará mais R$ 50,00 e sim 5% de R$ 150,00, que são R$ 52,5.

Quanto mais variáveis existirem (caixa entrando no meio do mês, juros compostos, etc.) mais complexo é o cálculo da taxa interna de retorno.

Como calcular a taxa interna de retorno

Para calcular com precisão sua taxa interna de retorno, você precisaria saber a data e o valor de cada depósito mais saldo final.

A forma mais simples de fazer esse tipo de cálculo é utilizando um software, ou uma calculadora financeira, que lhe permita inserir os fluxos de caixa variados em intervalos diferentes.

Abaixo estão alguns recursos que podem ajudar:

De maneira manual, a taxa interna de retorno (TIR) pode ser encontrada igualando a equação do VPL (Valor Presente Líquido) à zero e resolvendo a equação. Veja:

TIR

Para ficar mais simples, a mesma equação pode ser reescrita dessa forma:

tir-2

Como assim, a TIR zera o VPL?

A TIR é a taxa de desconto que zera o valor presente líquido dos fluxos de caixa de um projeto, ou seja, faz com que todas as entradas batem com todas as saídas de caixa da empresa.

Por que calcular a taxa interna de retorno?

É importante calcular a taxa interna de retorno esperado para que você possa comparar adequadamente as alternativas de investimento.

Por exemplo, comparando a taxa interna estimada de retorno de diversos tipos de investimento, você pode avaliar com mais eficácia os vários riscos juntamente com os retornos potenciais e, assim, tomar mais facilmente uma decisão de investimento com a qual você se sinta confortável.

Retorno esperado não é a única coisa a se olhar; também é preciso considerar o nível de risco a que diferentes investimentos estão expostos.

Maiores retornos vêm com maiores riscos

Um investimento de alto risco trará maiores retornos. Por outro lado, como o risco é alto, se der errado o retorno é fica baixo ou nulo.

A caderneta de poupança, por exemplo, é um investimento pessoal de baixo risco, pois você saberá que o seu dinheiro renderá independente de fatores externos.

Comprar uma casa para alugar já pode ser considerado um investimento de risco maior, pois você dependerá de ter um inquilino que aceite pagar o valor que você propôs.

A mesma dinâmica acontece nos investimentos das empresas. Elas usam cálculos internos de taxa de retorno para comparar um investimento potencial com outro.

Os investidores devem usar esses cálculos da mesma maneira.

Ao falar de taxa interna de retorno, estamos prevendo o retorno de um investimento. Conseguir prever números certeiros é sempre um desafio para os gestores. Recomendamos que você leia: Previsão de vendas: o guia completo para você não errar.

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