Falência de empresas: entenda porque as empresas quebram
A falência de empresas pode ser evitada se os empresários souberem as principais causas desse efeito.
As estatísticas mostram que 1 em cada 4 empresas fecham antes de completar os primeiros dois anos de vida. Esses são dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)
No artigo de hoje queremos te mostrar alguns dos motivos mais comuns que causam a falência de empresas no Brasil. Dessa forma, você pode tomar mais cuidado para evitar que o seu empreendimento entre nessa estatística.
Veja de perto alguns dos motivos mais comuns pelos quais a falência de empresas no Brasil vem crescendo tanto.
Falta de planejamento estratégico e financeiro
Uma empresa sem um planejamento estratégico e um planejamento financeiro é apenas um grupo de pessoas reunidos querendo ganhar dinheiro, mas sem saber para onde ir.
Montar um planejamento estratégico é essencial para que se pense onde a empresa quer chegar e, principalmente, como chegar lá.
Tão importante quanto ter um planejamento estratégico é ter um planejamento financeiro.
Esses dois documentos andam em conjunto pois é preciso fazer um planejamento financeiro para financiar os planos de ações propostos no planejamento estratégico.
Leitura recomendada: O Guia do Planejamento Financeiro: tudo o que você precisa saber
Montar um planejamento estratégico completo antes e depois da inicialização da empresa, incluindo pesquisa sobre o mercado-alvo, fluxo de caixa realista e projeções de receita, e ter financiamento suficiente de dívida ou patrimônio disponível quando necessário são requisitos para qualquer negócio prosperar a longo prazo.
Um negócio sem planejamento estratégico e/ou sem planejamento financeiro se torna um negócio perdido, e isso pode levar a empresa a falência.
Desmotivação em fases ruins
Construir um negócio exige paciência e perseverança e, para que um negócio seja bem-sucedido, os proprietários devem estar preparados para assumir um compromisso de longo prazo.
Além disso, muitas empresas estão em indústrias cíclicas e os proprietários de empresas podem precisar se acostumar com períodos de crescimento lento e flutuações na receita comercial.
As poucas vendas e os períodos de receita em declínio podem levar a conflitos, principalmente se os negócios forem ou se tornarem um grande esgotamento das finanças pessoais das pessoas envolvidas.
Se um ou mais sócios já trabalharam em outras empresas e ganhavam seus próprios salários (e benefícios) constantes, eles podem ficar tentados a desistir de empreender se o negócio não for imediatamente bem-sucedido ou quando ocorrerem lentidão nas vendas.
Sociedade com pessoas próximas
Muitas empresas familiares ou parcerias entre amigos são bem-sucedidas, e a noção de iniciar um negócio com alguém que você conhece (ou pensa que conhece) intimamente e confia pode ser muito atraente.
No entanto, escolher um sócio pode ser mais difícil que escolher uma esposa, e muitas dessas sociedades estão fadadas ao fracasso.
Qualquer sociedade bem-sucedida deve se basear nos pontos fortes, talentos, personalidades e experiência complementares dos possíveis parceiros. Um parente ou amigo precisa trazer muito mais do que apenas o relacionamento pessoal com você.
Para que uma sociedade entre amigos ou família seja bem-sucedida, é importante manter uma separação entre negócios e relacionamentos pessoais.
Dessa forma, você poderá ter discussões francas e abertas com seu(s) parceiro(s) sobre decisões comerciais difíceis, objetivos, finanças — discussões que um relacionamento pessoal próximo pode dificultar.
É provável que a maioria das parcerias comerciais entre cônjuges se dissolva no caso de um rompimento conjugal (e vice-versa).
Da mesma forma, os relacionamentos pessoais entre outros membros da família ou amigos geralmente são gravemente prejudicados quando uma sociedade entre familiares ou amigos “azeda”.
Como em qualquer sociedade, é muito importante ter um contrato que aborde questões como finanças, divisão de trabalho, entre outras coisas, para que esses pontos sejam claramente explicitados antes de iniciar o negócio.
Um simples aperto de mão entre familiares ou amigos não é suficiente quando suas finanças e reputação estão em risco em um empreendimento.
Feito corretamente, uma sociedade com a família ou amigos pode ser muito gratificante, mas parcerias mal-sucedidas podem acabar com as famílias ou destruir amizades permanentemente.
Compromisso desigual entre sócios
Como qualquer empresário lhe dirá, iniciar um negócio exige um enorme compromisso financeiro e pessoal. Como único proprietário, você é o único responsável pelo sucesso (ou fracasso) do negócio.
Quando há sociedade, você depende das contribuições de outros parceiros e, se eles não puderem ou não desejam fazer o mesmo nível de sacrifícios pessoais ou financeiros, provavelmente resultará em ressentimento e conflito.
Uma sociedade baseada em um sócio que faz uma contribuição financeira maior e o outro sócio que promete compensar a diferença em "suor" pode parecer razoável em teoria, mas é difícil quantificar e descrever um "suor" em um contrato de sociedade.
Se a prometida "equidade do suor" não for entregue, a sociedade está caminhando para o desastre.
A contribuição desigual entre os sócios pode não representar um problema se for entendida com antecedência (e totalmente articulada no acordo de parceria), mas, caso contrário, é provável que isso leve a conflitos entre os sócios
Solução não condizente com a necessidade do mercado
Sabemos que uma nova empresa deve sempre buscar resolver um problema de um público-alvo. No entanto, o que muitas vezes acontece é o dono escolher abrir um negócio que ele ache interessante, sem antes pesquisar o mercado e os concorrentes.
Isso traz problemas a curto e longo prazo para a empresa, pois geralmente não há um público que realmente precise daquele produto ou serviço.
O mercado pode já estar saturado e a empresa não conseguirá vender o suficiente para cobrir suas despesas e começar a ganhar lucro.
Em pouco tempo, é provável que entre para a estatística das empresas que fecham as portas nos dois primeiros anos de vida.
Altos impostos também são responsáveis pela falência de empresas
Todos os possíveis motivos que levam à falência de empresas citados acima existem em diversos países do mundo, porém, os altos impostos são uma característica do nosso país.
Apenas as empresas que utilizam o Simples Nacional, podem unificar seus impostos em um único documento (a DAS). Todos os demais regimes tributários obrigam o empreendedor a pagar diversos impostos separadamente, o que gera dor de cabeça.
Como não são todos os tipos de negócios que podem utilizar o Simples Nacional, muitas empresas pagam fortunas em tributos e, somada à falta de planejamento financeiro, acabam não conseguindo fechar suas contas ao final do mês.
A falta de planejamento financeiro somada aos altos impostos são uma das principais causas de falência de empresas no Brasil, pois torna-se insustentável continuar as operações da empresa com caixa fechando sempre no negativo.
Conheça os tipos de regime tributário do Brasil e saiba como escolher o melhor para a sua empresa clicando aqui.