Formas de pagamento: 11 opções que você pode oferecer

Quais formas de pagamento a sua empresa oferece? Veja como escolhê-las.

Formas de pagamento: 11 opções que você pode oferecer

No mercado atual, além de uma empresa pensar em produtos com qualidade e um bom atendimento para oferecer aos seus clientes, ela deve considerar as melhores formas de pagamento.

Isso porque cada cliente possui um perfil, que vai desde aquele mais conservador, que prefere pagar com dinheiro ou cartão, até o mais envolvido com novas tecnologias.

O ideal então é expandir seu leque de formas de pagamento para atender aos diferentes perfis.

Preparamos este artigo para ajudar você a conhecer essa variedade e, assim, escolher as opções mais adequadas ao seu negócio. Boa leitura!

Quais são as principais formas de pagamento?

diversas opções de formas de pagamento que podem ser adotadas, entre as mais tradicionais até as novidades surgidas recentemente.

Nos subtópicos a seguir, você vai conhecer as principais entre elas.

Dinheiro em espécie

Esta talvez seja a forma mais tradicional de realizar pagamentos. Apesar do crescimento do uso de cartões nos últimos anos, ainda existem aqueles consumidores que preferem o dinheiro em espécie.

Quem se propõe a aceitar essa opção de pagamento precisa se atentar a alguns pontos importantes:

  • Ter sempre notas variadas no caixa para facilitar o troco;
  • Assegurar a retirada do dinheiro do estabelecimento com segurança.

Alguns negócios costumam oferecer vantagens, como descontos para quem faz o pagamento em dinheiro, prática permitida por lei desde 2017.

Porém, o comerciante é obrigado a informar os descontos em lugar visível, tanto com relação ao meio de pagamento quanto ao prazo.

Quem desrespeitar essa regra estará sujeito a multas previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Cartão de crédito ou débito

Estes são dois dos meios eletrônicos de pagamentos mais utilizados no Brasil. As compras com cartões subiram de R$ 400 bilhões em 2009 para R$ 2 trilhões em 2020, segundo pesquisa divulgada pela Abecs.

O estudo indica ainda que, desses R$ 2 trilhões transacionados em 2020, R$ 1,18 trilhão foi transacionado por cartão de crédito, apesar do crescimento da utilização do cartão de débito.

Segundo a pesquisa, as transações com cartão de crédito e débito chegaram a representar 46,4% do consumo das famílias no último trimestre de 2020.

Esses dados indicam a manutenção da importância dessas duas formas de pagamento no cotidiano dos brasileiros, ainda que as formas de pagamento digitais estejam em ascensão.

Entre as vantagens do cartão de crédito para o cliente está a praticidade de comprar sem ter dinheiro em espécie e a possibilidade de parcelar a compra.

Já o cartão de débito permite que ele efetue transações imediatas, tendo uma moeda de negociação a partir do momento em que paga à vista.

O cliente ainda fica mais seguro do que ao se deslocar com grandes quantias de dinheiro físico e não precisa realizar saques nem enfrentar filas nos bancos para poder comprar.

O negócio, por sua vez, praticamente é obrigado a aceitar cartões de crédito e débito justamente pelo grande número de clientes adeptos a eles.

Uma boa vantagem competitiva é aceitar variadas bandeiras de cartão para atingir um segmento maior do público-alvo.

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A empresa ainda deve buscar as melhores taxas com as administradoras, porque os prazos de compensação das vendas são maiores e ainda é preciso arcar com o aluguel ou a compra da famosa maquininha de cartão.

Uma boa pesquisa das taxas de manutenção das maquininhas permite escolher os fornecedores ideais. É importante negociar ainda melhores prazos de recebimento, visando garantir a saúde financeira do negócio.

Pagamento recorrente com cartão de crédito

Um dos pontos negativos do uso do cartão de crédito para compras parceladas é o comprometimento do limite do cartão por bastante tempo.

Com o pagamento recorrente, que funciona como uma assinatura, não existe esse bloqueio do limite do cartão a longo prazo.

Para entender o pagamento recorrente, um bom exemplo é o da TV por assinatura: o cliente tem um contrato de um ano ou mais, mas a cobrança em seu cartão de crédito equivale a um mês de uso do serviço.

Nesse caso, o valor equivalente ao pagamento pelo serviço durante todo o ano não é bloqueado no limite do cartão de crédito do cliente.

E essa forma de pagamento também pode ser utilizada para as compras de produtos, sendo uma comodidade muito interessante para o cliente.

Se o cliente precisa comprar um frasco de determinado produto a cada mês, porque não oferecer a ele um desconto para que haja uma espécie de agendamento da sua compra mensal com pagamento recorrente?

Esta ação pode ajudar na maximização dos lucros da empresa e na conquista de novos clientes.

Cheque

Muito popular antigamente, o cheque vem caindo em desuso no mercado.

A vantagem dele para o cliente é o parcelamento de compras com a modalidade pré-datada e ainda a possibilidade de efetivar o pagamento algum tempo depois da compra, quando o cheque será descontado.

Para a empresa, porém, há sempre o risco de descobrir, no momento de descontar o valor, que o cheque não tem fundos.

Esse é um problema que não é enfrentado com os cartões, por exemplo, já que, se a conta do cliente não tiver o montante no momento da compra (débito) ou o limite não a permitir (crédito), ela será negada.

Transferência On-line

Para e-commerce, aceitar cheques não é uma opção. Uma das formas de pagamento substitutas, nesse caso, é a transferência on-line.

Nessa opção, o cliente é direcionado para uma página de conexão segura, na qual digita seus dados bancários e faz a transferência.

Essa opção é interessante para o negócio, já que o valor é recebido em poucas horas ou em alguns dias.

Além disso, há apenas a cobrança de uma pequena taxa para a empresa, que geralmente é menor que R$ 1.

A plataforma escolhida para pagamentos precisa se relacionar com o internet banking das instituições financeiras, que devem ser múltiplas para ampliar o número de consumidores atingidos.

Uma desvantagem, nesse caso, é que o computador em que a compra será efetuada deve contar com um forte sistema de segurança, já que o cliente irá digitar dados bancários.

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Como nem todos os computadores são protegidos adequadamente, isso pode levar o cliente a desistir dessa forma de pagamento.

Transferência comum

Esta é uma das mais simples formas de pagamento: a empresa informa o número de sua conta bancária e o cliente transfere ou deposita o dinheiro e envia o comprovante.

É uma possibilidade utilizada por empresas que trabalham com produtos ou serviços mais exclusivos e com alto valor agregado.

Para quem tem um público mais diversificado e numeroso esta pode não ser a melhor opção, principalmente depois do advento do Pix, sobre o qual vamos falar no próximo tópico.

O principal problema da transferência bancária é que nem sempre o cliente vai possuir uma conta no mesmo banco que a empresa e isso pode gerar taxas desnecessárias para ele.

Pix

Disponível desde novembro de 2020, o Pix é uma das formas de pagamento em ascensão no Brasil.

Segundo um estudo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix já representa 30% do volume de transações bancárias feitas no país, e a expectativa é de elevação desse número.

O Pix é um sistema de pagamentos e transferências instantâneas desenvolvido pelo Banco Central que funciona 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Com ele, não é preciso esperar até o dia seguinte para que uma transação bancária se concretize, pois ela é confirmada em cerca de 10 segundos.

Ele funciona como uma transferência bancária, porém é possível enviar e receber dinheiro de qualquer banco e o recurso é gratuito para pessoas físicas.

Ou seja, se o seu cliente for uma pessoa física e você oferecer a opção de pagamento via Pix, ele pode transferir o valor do pagamento por suas compras a partir de qualquer banco, instantaneamente e sem custos adicionais.

Boleto bancário

Esta é uma forma de pagamento muito comum no universo e-commerce. Por meio de um programa de computador, a empresa emite um boleto, que possui código de barras e numérico.

O cliente, por sua vez, paga o boleto, e o dinheiro é transferido para o negócio em até três dias úteis, descontada a taxa de emissão do boleto.

Essa taxa é menor que as cobradas em transações por cartões de crédito, o que torna o boleto uma das formas de pagamento mais vantajosas para o negócio.

Algumas outras vantagens do boleto bancário são:

  • É aceito em todo o país;
  • Pode ser pago em qualquer caixa eletrônico, casas lotéricas, agências dos Correios, internet banking e aplicativos bancários;
  • Atinge os clientes que ainda têm receio de informar dados de cartão ou bancários em compras on-line;
  • Atende aqueles que não utilizam cartão de crédito/débito ou preferem pagar com dinheiro, além dos clientes que não têm conta em nenhum banco;
  • O risco de fraude é menor e não há chargeback.

Já a grande desvantagem do boleto bancário para o negócio é o risco de o cliente fechar a compra, mas não pagar o boleto, o que influencia nas métricas de vendas do negócio.

Isso porque a empresa pode encerrar o mês com um total de vendas realizadas, mas não ter a confirmação ainda dos pagamentos por boleto bancário.

Assim, com a confirmação de não pagamento, o número total das vendas será alterado, gerando impactos na visão dos resultados do negócio.

Crediário

O crediário ou carnê é um conjunto de boletos que são emitidos para o pagamento de vendas parceladas.

Sua principal vantagem é a possibilidade de parcelamento para clientes que não possuem cartão de crédito e a desvantagem para a empresa é o risco de inadimplência.

Intermediador de pagamento

Quem conhece ou já ouviu falar em PayPal, PagSeguro, Mercado Pago, etc. tem uma noção sobre o que é um intermediador de pagamento, opção frequentemente utilizada no e-commerce.

O intermediador de pagamento é uma plataforma independente, que faz a ligação entre cliente e lojista. Nessa forma de pagamento, você somente se cadastra como vendedor na plataforma.

As grandes vantagens são a baixa complexidade de integrar a loja virtual com o intermediador e a implementação menos onerosa.

Outro benefício é a versatilidade, pois os intermediadores de pagamento podem aceitar diversos cartões de crédito ou ter contratos com bancos para pagamento por boleto ou débito, por exemplo.

Além disso, eles contam com bons sistemas antifraude, evitando problemas tanto para o negócio quanto para o cliente.

Uma grande desvantagem, no entanto, é que a cobrança de taxas sobre as vendas é geralmente maior do que a das maquininhas, girando em torno de 4% a 7% acrescidos da tarifa por transação aprovada.

WhatsApp Pay

O WhatsApp Pay é uma das principais novidades que têm sido exploradas pelos brasileiros quando o assunto são as formas de pagamento.

O recurso está disponível tanto para contas pessoais quanto para contas comerciais do WhatsApp Business.

Basicamente, sua função é possibilitar o envio e o recebimento de dinheiro pelo aplicativo a partir do cadastro de um cartão de débito no Facebook Pay.

Também é uma das formas de pagamento muito vantajosas, já que o Facebook e o WhatsApp não cobram nada para disponibilizá-la.

Seu possível ponto negativo está relacionado ao limite das transações: até R$ 1.000 por transação, até R$ 5.000 de transações por mês e até 20 transações diárias.

Diante dessas e de tantas outras opções de pagamento, você deve estar em dúvida sobre quais escolher para o seu negócio.

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Como escolher as melhores formas de pagamento?

O primeiro passo para escolher as melhores formas de pagamento para o seu negócio é avaliar todas as opções.

Faça testes entre elas e compare as vantagens e desvantagens que você mesmo verificou.

Como dissemos no início deste artigo, o ideal é conseguir abranger os diferentes perfis de clientes, aumentando as possibilidades de vendas.

Na prática, é muito importante que você ofereça variadas formas de pagamento porque as diferentes opções tornam-se um diferencial competitivo.

Isso significa que os clientes, além de observar o atendimento, a qualidade e o preço de um produto ou serviço, também vão levar em consideração a forma de pagamento antes de decidirem efetivar uma compra.

Então, é muito importante conhecer os perfis e as tendências de comportamento dos clientes relacionadas às formas de pagamento na região onde o seu negócio atua.

Em outras palavras, você não deve considerar a adoção somente das formas de pagamento mais convenientes para a empresa em termos de taxas, velocidade do recebimento e segurança, é preciso considerar, sobretudo, as preferências do cliente e oferecer a ele o máximo de conveniência.

Por fim, atente-se à segurança das operações. Se seu negócio é físico, observe onde ele está localizado e se existe risco, por exemplo, de trabalhar com dinheiro em espécie.

A segurança da transação em si também é importante. Decida sempre pensando no que é mais seguro para você, mas também para o seu cliente, buscando evitar fraudes para ambos.

Escolhi as formas de pagamento para o meu negócio. E agora?

Tenha sempre em mente que o cliente precisa ser comunicado claramente sobre as formas de pagamento disponibilizadas pelo seu negócio.

Em um e-commerce, escolha locais de fácil visualização em seu site para informar as formas de pagamento ao usuário.

Já em lojas físicas, utilize cartazes ou placas de sinalização específicas. Evite problemas!

Esperamos que este artigo tenha ajudado você a escolher as melhores formas de pagamento para o seu negócio.

Como pagamento e cobrança são assuntos correlatos, recomendamos também a leitura do artigo “Como cobrar um cliente: melhores canais e boas práticas”. Boa leitura e até o próximo artigo.