Giro de caixa: como medir em 3 passos simples
O que você sabe sobre giro de caixa? Esse é um importante indicador para a sua empresa e você pode aprender como medi-lo em alguns passos. Veja a seguir.
As métricas dentro de uma empresa são essenciais para colocar em números as ações futuras da corporação. Uma dessas métricas é o giro de caixa.
A importância de colocar essas métricas em prática está na facilidade com que muitos gestores acabam perdendo as “rédeas” de suas aplicações e acabam deixando passar boas oportunidades, ou colocando a situação do caixa em crise.
Em um cenário competitivo onde começar uma empresa é relativamente fácil, mas mantê-la em boa situação no mercado já é outra história, estratégias de como trabalhar melhor as finanças e colocar todas as informações em forma de números são mais do que opções, são necessidades para qualquer empresário.
Essa nada mais é do que uma forma de medir a eficiência do negócio através de uma coleta de dados e análise acerca do ciclo financeiro da empresa.
Nor artigo de hoje você entenderá melhor o que de fato é o giro de caixa e que impactos seu uso pode ter na sua gestão. Continue lendo!
Mas o que é giro de caixa?
Como sugerimos, o giro de caixa é um importante indicador financeiro, que define quantos ciclos financeiros o caixa de uma empresa tem durante o período de 12 meses, ou seja, um ano.
Ele torna capaz o conhecimento do número exato de vezes que o capital circula, ou colocando de forma mais simples, entra e sai do caixa da empresa.
Essa característica faz com que esse indicador acabe sendo muito útil para a análise de empresas que dependem de fluxo de vendas e estoques, como os comerciantes, varejistas, distribuidoras e indústrias também.
O giro de caixa também mostra ótimos resultados para quem busca comparar a sua situação financeira com concorrentes do mesmo setor, uma vez que ele é excelente ao demonstrar tanto a eficiência no que diz respeito não só ao financeiro, mas também operacional.
Dessa forma, quanto mais alto for o giro de caixa, há também muito mais chances de que a empresa apresente um resultado estruturado e consistente e tenha ainda uma boa gestão comercial, operacional e financeira.
Consequentemente, podemos concluir em um primeiro momento que o giro de caixa é mais uma das diversas ferramentas das quais os gestores podem fazer uso com o objetivo de auxiliar na avaliação e escolha de potenciais investimentos.
Como calcular o giro de caixa
Agora que você já entendeu melhor o que de fato é o giro de caixa, vamos ao que interessa: o passo a passo de como realmente você deve fazer isso. Veja só:
1) Calcule o ciclo financeiro
O ciclo financeiro nada mais é do que uma avaliação da competência de uma gestão através de uma observação da capacidade dos próprios gestores em otimizar as relações de fluxo relacionadas aos pagamentos e recebimentos da empresa.
Tornando esse conceito em algo mais simples, podemos dizer que o ciclo financeiro é entendido como o número de dias, em média, a empresa precisou arrumar financiamento para suas operações.
É, da mesma forma, o período necessário para ocorrer todo o processo dentro da empresa, ou seja, a produção, distribuição, venda e coleta do pagamento dos produtos vendidos por ela.
Ele também leva em consideração o período que se inicia no momento em que a empresa paga o fornecedor até receber o valor do cliente.
Esta ferramenta indicadora proporciona para o investidor a capacidade de analisar a visão geral da gestão financeira com relação às entradas e saídas se seus recursos, podendo identificar quais são as que deixam seu giro de caixa mais saudável.
O primeiro passo para realizar o cálculo que vai mostrar o giro de caixa, primeiro é necessário encontrar o ciclo financeiro da firma.
Os dados mais importantes que você deve levantar para encontrar tanto o giro de caixa quanto ciclo financeiro, são:
- Prazo médio de estoque (DIO);
- Prazo médio para recebimento de vendas (DSO);
- Prazo médio para pagamento dos fornecedores (DPO).
Tendo esses dados em mãos, a fórmula para encontrar o valor do ciclo financeiro é:
CCC = DIO + DSO – DPO.
Ou seja, o ciclo financeiro é resultado da soma entre o prazo médio de estoque e recebimento das vendas, diminuído do prazo médio para pagamento dos fornecedores.
Já tendo em mãos o ciclo financeiro da empresa, você terá conhecimento sobre em quanto tempo o dinheiro investido na compra do estoque retorna para o seu caixa através das vendas realizadas.
Podemos ressaltar também que, nesse meio tempo entre o saída e retorno do investimento, o gestor da corporação precisa ter disponível um capital para dar conta de demais despesas da empresa ou terá que contar com recursos de terceiros, como empréstimos e financiamentos.
Tendo o ciclo financeiro definido, é hora de passar para a próxima etapa.
2) Calculando o giro de caixa
Agora que você já tem o número que corresponde ao ciclo financeiro da sua empresa em mãos, é hora de finalmente calcular o giro de caixa.
Basicamente, a fórmula utilizada para esta operação é a seguinte:
GC = 365/CCC
Ou seja, essa fórmula indica que o resultado do giro de caixa corresponde ao período de um ano, representado por 365 dias, divididos pelo valor o ciclo financeiro.
Supondo, por exemplo, que seu ciclo financeiro corresponda a 50 dias, o cálculo do giro de caixa será o seguinte:
GC = 365/CCC
GC = 365/50
GC = 7,3
Isso quer dizer que o giro de caixa da sua empresa corresponde a 7,3 vezes ao ano.
3) Interpretação e avaliação do giro de caixa
O que fazer com esses dados, afinal? De nada adianta levantar todas essas informações e fazer esses cálculos se você não souber transformar isso em uma informação que realmente faça a diferença para sua gestão, concorda?
Sendo assim, devemos ressaltar que tanto o ciclo financeiro quanto o giro de caixa consideram em seus cálculos os valores referentes ao estoque e às vendas.
Como podemos ver, não são incluídos nestes cálculos despesas que podem ocorrer ao longo dos períodos nos quais as compras, vendas e recebimentos são realizados.
Assim, esses resultados podem expressar princípios básicos necessários para analisar a necessidade de contar com mais ou menos recursos em caixa para suprir a demanda enquanto os valores das receitas não entram no caixa.
Como citamos anteriormente, quanto mais alto for o valor do giro de caixa, melhor.
O ciclo financeiro deve ter uma valor proporcional para que represente que a empresa não depende de recursos de terceiros e pode suprir suas próprias necessidades uma vez que o dinheiro retorna com rapidez ao caixa.
Essas foram nossas dicas para calcular seu giro de caixa em alguns passos simples. Quer saber mais sobre facilitar a rotina do seu negócio? Saiba quais formas de pagamento são ideais para o seu negócio!