O que é DRA e como fazer uma Demonstração de Resultado Abrangente

Você sabe o que é DRA? Sua empresa já faz essa demonstração contábil periodicamente?

O que é DRA e como fazer uma Demonstração de Resultado Abrangente

Você sabe o que é DRA? Sua empresa já faz essa demonstração contábil periodicamente? Se ainda não, é hora de entender melhor o assunto.

Isso porque a DRA ou Demonstração de Resultado Abrangente é obrigatória no Brasil desde 2009 e sua empresa precisa se manter atualizada com a regulamentação vigente.

Se você já ouviu falar sobre esta sigla, mas ainda não entende ao certo o que é DRA, este artigo vai te ajudar.

Ao ler os próximos tópicos, você vai entender o conceito e aprender como fazer este documento. Continue a leitura!

O que é DRA?

Podemos começar a entender o que é DRA a partir do entendimento do que a sigla significa: Demonstração de Resultado Abrangente.

Trata-se de uma importante demonstração contábil cujos dados impactam diretamente o balanço patrimonial.

Ela pode ser usada como ferramenta por analistas financeiros para a compreensão do real lucro obtido por uma organização durante um intervalo determinado de tempo.

Ou seja, a DRA tem a função de explicitar alterações no patrimônio líquido da empresa originárias de transações e outros eventos.

Essas alterações não são as que podem ocorrer em virtude do investimento dos sócios ou das distribuições feitas entre os sócios, mas todas as demais mudanças no patrimônio devem estar presentes na DRA. Assim, será possível compreender melhor as mudanças do patrimônio ao longo do tempo.

Ao definir o que é DRA, também podemos citar que esse relatório serve para atualizar e diferenciar o que faz parte do patrimônio da empresa e o que é capital dos sócios.

Dessa forma, quando os investidores analisam os dados do empreendimento, eles conseguem ver com clareza essa distinção.

Mas, além de ser um recurso de grande ajuda para as análises dos gestores e dos investidores, a DRA é um documento obrigatório.

Ela foi regulamentada no Brasil em 2009, a partir do pronunciamento técnico nº 26 do Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC).

A DRA faz parte das Normas Internacionais de Contabilidade e, embora também possa ser utilizada pelos próprios gestores, tem como principal função o fornecimento de dados para usuários externos.

Esses usuários podem ser acionistas e investidores que, a partir deste relatório, conhecerão melhor a trajetória financeira da empresa.

Agora que você já entendeu o que é DRA, vamos explicar como fazer esse tipo de relatório. Veja no tópico seguinte.

Como fazer a DRA?

No tópico anterior, você compreendeu o que é DRA e viu que ela é um documento obrigatório.

E, sendo ela obrigatória, é claro que você precisa entender como fazer a DRA. Para isso, o primeiro passo é lembrar que este documento serve para evidenciar receitas, despesas e outras mutações que interferem no patrimônio líquido do negócio.

Se você, ao buscar a compreensão sobre o que é DRA, a confundiu com a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), saiba que a função da primeira é justamente abordar os detalhes que não são reconhecidos na segunda.

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Em outras palavras, a DRA ou Demonstração de Resultado Abrangente corresponde à junção do resultado líquido que está presente na DRE com os outros resultados mais abrangentes.

Mas esses resultados não incluem as transações com os sócios, ou seja, o aumento ou devolução de capital, além da distribuição de lucros.

Cabe dizer ainda que, mesmo que a DRA precise ser feita separadamente da DRE, ela pode integrar a DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido).

Entendido isto, é hora de começar a pensar na concepção da DRA. Lembre-se de que ela é um relatório destinado sobretudo a um público externo à empresa.

Além disso, as pessoas a quem a DRA costuma se destinar quase nunca são especialistas em contabilidade. Por isso, quanto mais claras e precisas forem as informações melhor será para que a demonstração contábil cumpra sua função.

Os dados que compõem a DRA também precisam cumprir outros pré-requisitos: eles devem ser relevantes, comprovados, neutros e tempestivos.

Com base nestes princípios, podemos listar as principais informações que devem estar presentes na DRA:

  • Os resultados líquidos obtidos pela empresa durante o intervalo de tempo pré-determinado (pode ser um mês, trimestre, semestre ou ano);
  • As especificações relacionadas a cada um dos itens dos resultados abrangentes, conforme a sua natureza;
  • A equivalência patrimonial dos outros resultados abrangentes;
  • O resultado abrangente total.

Este último tópico deve ser composto por alguns subtópicos essenciais: o ajuste de avaliação patrimonial, as variações da reserva de reavaliação, os ganhos e perdas atuariais em planos de pensão e os ganhos e perdas derivados da conversão de demonstrações de operações no exterior.

Caso ocorra alguma reclassificação de tópicos componentes de outros resultados abrangentes, a organização deve emitir notas explicativas, divulgando detalhadamente as mudanças.

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O detalhamento e a clareza das informações são importantes para que os investidores consigam comparar a evolução da empresa a partir das DRAs, ou seja, é importante elaborar a Demonstração de Resultado Abrangente do negócio sempre dentro do intervalo de tempo estipulado.

Assim, será possível fazer análises comparativas e entender os rumos que a empresa tem tomado ao longo do tempo.

Do ponto de vista do investidor, é a clareza destas demonstrações contábeis que permitirá as análises adequadas sobre a viabilidade ou não de aplicação de mais recursos no negócio.

É claro que a DRA não é o único relatório que respalda as decisões dos investidores. Se você acompanha o nosso blog, deve estar ciente que existem muitos outros relatórios financeiros que também podem ser úteis.

E é importante pensar não somente em fornecer informações adequadas para os investidores, mas também em manter a organização financeira para facilitar a rotina dos próprios gestores.

Nesse sentido, os relatórios financeiros são grandes aliados quando elaborados da maneira correta e feitos dentro da periodicidade adequada.

Até mesmo em análises que englobam a DRA, outros relatórios financeiros podem ser uma grande ajuda para a compreensão de determinados resultados.

Todavia, quando não há uma obrigatoriedade legal da emissão de determinado relatório, muitos gestores acabam não fazendo, não analisando ou não cumprindo a periodicidade ideal para cada emissão.

É por isso que recomendamos que você vá além da compreensão sobre o que é DRA. Acesse outros artigos do nosso blog sobre os diversos relatórios que podem te ajudar em sua gestão. Você pode começar pelo artigo Relatórios financeiros: conheça os principais e saiba como utilizá-los”. Boa leitura e bons negócios.