O que é um livro razão e por que fazer na sua empresa?

No artigo de hoje, mostramos o que é livro razão, qual a diferença dele para livro diário e por que é essencial fazê-lo em seu negócio. Aproveite a leitura!

O que é um livro razão e por que fazer na sua empresa?

Você acaba de montar uma empresa e está tudo indo bem. Porém, a contabilidade é algo que ainda causa medo, já que você não domina alguns conceitos, como livro razão.

O cenário que descrevemos é muito comum entre os empreendedores, já que nem todo mundo tem familiaridade com todas as áreas que envolvem um negócio, principalmente a financeira.

Por isso, saber algumas informações sobre contabilidade são  importantes para gerir seu negócio da melhor maneira possível, e o livro razão é uma delas.

Basicamente, ele é o registro de todos os lançamentos contábeis da empresa, sendo exigido por lei no Brasil para empresas que tenham a tributação do Imposto de Renda baseada no lucro real.

Somente essa explicação já demonstra a importância dele, pois é uma obrigação contábil e permite ter claros os lançamentos do negócio, aumentando a visibilidade para uma gestão empresarial assertiva.

Sendo assim, acompanhe neste artigo o que é o livro razão, qual a diferença dele para o livro diário e por que ele deve ser feito na sua empresa.

Mas afinal, o que é o livro razão?

Conforme adiantamos no começo do texto, o livro razão nada mais é do que uma escrituração contábil obrigatória, que registra em livros próprios tudo o que acontece na empresa e modificou ou pode modificar a situação patrimonial do negócio.

Por livros de escrituração contábil entendemos os relatórios feitos para que haja o registro de tudo o que ocorre na empresa relacionado às finanças dela.

Antes de entendermos mais a fundo o livro razão, precisamos fazer uma distinção dele para o livro diário. Este é uma espécie de registro básico diário de todas as movimentações de valor de uma companhia.

É lançado então tudo o que pode alterar a situação patrimonial da empresa. Esse livro é obrigatório e tem algumas formalidades:

  • Deve ter as folhas numeradas;
  • Deve ser assinado pelo dono do negócio e pelo contador;
  • Precisa ser autenticado na Junta Comercial;
  • Deve conter termo de abertura e de encerramento.

É importante frisar que, no livro diário, os registros devem ser feitos em ordem cronológica (do primeiro ao último dia do ano).

Já o livro razão, ainda que também seja obrigatório, é menos formal que o livro diário, pois não precisa de autenticação na Junta Comercial nem de termos de abertura e fechamento.

Através dele, é possível controlar individualmente e detalhadamente os saldos das contas registradas no livro diário. Essas informações, assim como no livro diário, são correspondentes a um ano.

É válido ressaltar que esses registros costumavam ser feitos à mão, em livros físicos. Hoje, no entanto, a automação também já chegou ao setor contábil.

Em 2007, o governo federal lançou o Sped, Sistema Público de Escrituração Digital. Entre os objetivos desse sistema, estão:

  • Reduzir os custos com emissão e armazenamento de documentos em papel;
  • Uniformizar as informações prestadas pelos contribuintes e pelas empresas às unidades federadas;
  • Eliminar o uso do papel;
  • Aumentar a rapidez no acesso às informações;
  • Combater práticas fraudulentas.
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Com o Sped, o livro razão e o livro diário são enviados para controle tributário eletronicamente, não havendo necessidade de serem impressos e encadernados.

Agora que você já sabe o que é o livro razão, chegou o momento de entender o que ele de fato contém.

O que o livro razão deve conter?

Existem algumas informações que são obrigatórias quando se preenche um livro razão. São elas:

  1. Nome da conta;
  2. Data do lançamento – dia, mês e ano em que ocorreu o fato que causou a alteração do componente patrimonial da empresa;
  3. Contrapartida – trata-se da conta que completa o lançamento da que está sendo escriturada;
  4. Histórico do lançamento – é a descrição do fato administrativo do evento em si, o qual está sendo registrado no livro;
  5. Valores debitados e creditados – qual o valor que será de acréscimo/decréscimo do saldo da conta;
  6. Saldo – diferença encontrada entre o somatório do crédito e o somatório do débito;
  7. D/C – é a indicação da natureza do saldo (D para devedor e C para credor).

Outra informação que também é relevante para o livro razão é o número da nota fiscal, já que este é o documento oficial de compra e de venda de uma empresa. Esse dado pode constar no histórico.

Leitura recomendada: Aprenda a emitir nota fiscal e a sua importância dentro da gestão.

Por que devo fazer o livro razão na minha empresa?

Este registro é fundamental para que a contabilidade do negócio seja bem-feita. Como ele permite controlar o movimento das contas de forma separada, traz mais visibilidade sobre esses dados financeiros.

Isso porque consegue-se conhecer detalhadamente os saldos das contas. A partir dele, pode-se averiguar os resultados e ainda elaborar demonstrações contábeis.

O livro razão também é um forte aliado enquanto subsídio para se montar relatórios financeiros. Assim, o dono do negócio consegue administrar a empresa de forma eficiente.

Um dos mais importantes relatórios que sua empresa precisa fazer é o balanço patrimonial. Este demonstra todas as movimentações que foram realizadas em um período específico.

Uma característica desse relatório é que ele leva em conta todo o patrimônio da organização. Por isso, o livro razão é peça-chave para esse balanço, já que indica detalhadamente as movimentações que afetam justamente esse patrimônio.

Esses dados revelados pelo balanço patrimonial permitem identificar os investimentos feitos e quais as fontes de recursos deles, além de saber quais os maiores gastos da empresa.

Tudo isso facilita as tomadas de decisão por parte dos gestores, que visam sempre manter a saúde financeira do negócio e a posição estratégica dele no mercado.

É possível concluir então que todos os mecanismos de escrituração são essenciais para realizar uma eficiente gestão financeira da empresa, permitindo ter maior controle das operações.

Acontece que, como dissemos no início do artigo, nem todos os empreendedores ou gestores têm familiaridade com muitas das áreas que compõem uma empresa, principalmente a parte contábil.

Nessa situação, uma boa saída é terceirizar serviços com os quais não há familiaridade, focando esforços para aumentar a eficiência e produtividade da equipe nas áreas que ela domina.

É possível, então, contar com ajuda externa para estruturar o livro razão e outros registros importantes. Estamos falando do BPO, Business Process Outsourcing. Saiba o que ele é e por que investir em um BPO financeiro clicando aqui.

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