Passivo circulante: o que é e como diferenciá-lo do não-circulante

Controlar as dívidas faz parte de uma boa economia empresarial. Essas dívidas podem ser divididas pelo prazo de pagamento, recebendo os nomes de passivo circulante e passivo não-circulante.

Passivo circulante: o que é e como diferenciá-lo do não-circulante

Controlar as dívidas faz parte de uma boa economia empresarial. Essas dívidas podem ser divididas pelo prazo de pagamento, recebendo os nomes de passivo circulante e passivo não-circulante.

No texto de hoje, nós vamos mostrar:

  • O que é passivo circulante;
  • Quais as principais diferenças dele para o passivo não-circulante;
  • Quando cada um é usado no controle financeiro empresarial
  • Porque é tão importante diferenciar e avaliar os dois indicadores dentro da empresa;

Fique atento à leitura e saiba medir esses fatores, que são bastante importante na administração financeira.  Confira a seguir!

Se tiver alguma dúvida ou curiosidade sobre alguma palavra do setor de finanças, consulte o nosso glossário financeiro.

O que é passivo circulante

O passivo circulante é o nome dado às obrigações financeiras de curto prazo. Ou seja, tudo que for essencial para a manutenção das atividades da empresa nos próximos 12 meses.

Mas o que entra nessa conta? Geralmente, a empresa leva em conta os seguintes fatores:

  • Dívidas de curto prazo;
  • Dívidas a longo prazo que estão perto da sua data de vencimento;
  • Contas a pagar;
  • Impostos a recolher;
  • Empréstimos a curto prazo;
  • Pagamento de fornecedores de matéria-prima;
  • Salários e pagamentos relacionados aos colaboradores;
  • Aluguel;
  • Créditos de sócios ou acionistas.

As previsões devem ser feitas para os próximos 12 meses porque depois desse tempo passa a ser uma estimativa a longo prazo, mudando o nome para passivo não-circulante.

Antes de continuarmos falando sobre o passivo circulante, é importante lembrar que ele é bem diferente do ativo circulante. Muita gente confunde, mas são indicadores opostos.

Enquanto o passivo circulante é o capital financeiro que deve ficar comprometido com o pagamento de dívidas, o ativo circulante é o montante que a empresa tem a receber a curto prazo.

As contas a serem pagas são aquelas que, em termos financeiros, devem ser liquidadas no exercício social seguinte, ou seja, até um ano depois do balanço financeiro e patrimonial.

Todas essas nomenclaturas são utilizadas para calcular a necessidade de capital de giro. Cada passivo circulante é pago pelo seu respectivo ativo circulante.

Por exemplo, se ficou acordado que o dinheiro das aplicações financeiras é destinado ao pagamento de funcionários terceirizados, o ativo circulante (aplicações) deve dar conta do pagamento do passivo circulante (pagamento dos terceirizados).

Para que o saldo do capital de giro seja positivo, é preciso que o ativo circulante seja maior que o passivo circulante.

O passivo não-circulante

O passivo não-circulante também se refere a obrigações que as empresas assumiram financeiramente. O que difere o não-circulante do passivo circulante é o prazo.

Enquanto no passivo circulante as contas devem ser feitas levando em conta apenas os próximos 12 meses, o passivo não-circulante dá conta daquelas obrigações com o prazo de vencimento maior que um ano.

O que entra no passivo não-circulante:

  • Financiamentos e empréstimos de instituições financeiras a pagar;
  • Provisão de imposto de renda e de contribuição social;
  • Planos de pensão e de saúde;
  • Financiamentos a longo prazo;
  • Provisão de processos judiciais;
  • Impostos a pagar;
  • Provisões para contingências.

Como podemos perceber, o passivo não-circulante leva em conta os principais compromissos financeiros assumidos a longo prazo.

Vale lembrar que ter passivos não-circulantes não significa, necessariamente, que a empresa está com problemas financeiros.

Algumas organizações com gestões eficientes acabam conseguindo empréstimos financeiros que vão dar uma rentabilidade superior à da taxa de juros.

O interessante, nesse caso, seria conseguir ainda mais capital, mesmo que de empréstimo, para continuar investindo na própria organização e aumentando o lucro.

Vale ressaltar, é claro, que essa alternativa nem sempre é uma boa ideia, isso varia de empresa para empresa. É preciso estudar bastante antes de tomar uma decisão.

De maneira geral, para os investimentos que não precisam ser realizados de forma tão urgente o passivo não-circulante acaba sendo uma opção vantajosa.

Em caso de dúvidas, é possível contratar uma assessoria contábil para ajudar a calcular os percentuais de passivo circulante e passivo não-circulante para ver quando é melhor usar cada um.

Por que é necessário diferenciá-los?

A segurança financeira é um assunto essencial para todos os investidores. Diante disso, é bem provável que qualquer pessoa que queira investir na sua empresa vá querer saber como andam os índices dos passivos.

Entram em observação aspectos como despesas receita, fluxo de caixa. As dívidas não são, necessariamente, os maiores problemas.

Hoje em dia, é difícil encontrar empresas grandes que não tenham dívidas ou empréstimos pendentes.

Essa realidade de não possuir obrigações é possível apenas para as organizações que não precisam de muito capital para fazer investimentos, o que não acontece em todos os setores.

É bom lembrar que tanto o passivo circulante quanto o não- circulante vão além das dívidas. Eles incluem as contas a pagar (não necessariamente atrasadas) e as despesas provisionadas, que são os que gastos comuns com impostos e tributos sobre venda.

O passivo não-circulante é um item muito importante  dentro das finanças corporativas, pois ele permite analisar o contexto da saúde financeira de uma empresa.

Não existe um valor ideal para medir essa saúde, pois o resultado depende do segmento da empresa, do nível de endividamento e da condição da organização de se manter, mesmo com o planejamento de débitos.

Para investidores, o passivo circulante também é essencial, pois através dele é possível medir se uma empresa tem ou não condições de pagar suas dívidas em pouco tempo.

As despesas mais urgentes ganham mais e atenção. Se uma empresa não consegue arcar com suas obrigações de curto prazo, ela tem chances bem maiores de sofrer com uma crise financeira.

Existe o perigo do aumento da taxa de juros e da possibilidade de, nesse contexto, os credores ficarem mais resistentes a cederem empréstimos, o que dificulta a vida financeira empresarial.

Por isso, mesmo com a possibilidade de aumentar tanto o passivo circulante quanto o não-circulante, é importante ter uma reserva que permita o bom funcionamento da empresa por algum tempo.

Outro indicador que os investidores ficam de olho é o ROI. Recomendamos que você leia ROI: tudo o que você precisa saber sobre o retorno sobre investimento.

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