Plano de negócio: o que é, como e por que fazer

Ter um plano de negócio bem elaborado deve ser o seu primeiro passo se você está planejando empreender. Mas se você já é um empreendedor ou gestor e ainda não conta com este documento, ainda há tempo.

Plano de negócio: o que é, como e por que fazer

Se você acompanha os artigos do nosso blog, já deve ter aprendido por aqui que o planejamento é a palavra-chave para uma gestão eficiente. É por isso que vamos dedicar este artigo a um assunto primordial: o plano de negócio.

Ter um plano de negócio bem elaborado deve ser o seu primeiro passo se você está planejando empreender.

Mas se você já é um empreendedor ou gestor e ainda não conta com um plano de negócio, ainda há tempo para construí-lo.

E quanto mais cedo você pensar neste assunto, maiores serão as chances de conquistar a saúde e o sucesso do seu negócio.

Sua empresa não pode abrir mão de um plano de negócio. Ele deve ser visto como um pilar da estruturação do empreendimento.

Então, mesmo que você já tenha iniciado as atividades do negócio, acredite: você não ganhou tempo pulando esta etapa.

Sem o plano de negócio, será sempre mais complicada a organização da sua estrutura funcional e financeira em diversos momentos e processos.

O plano de negócio pode auxiliar, por exemplo, na avaliação dos riscos e benefícios de um investimento, além de direcionar ações específicas que ajudarão no crescimento e consolidação da empresa.

Se as atividades do seu negócio já estão funcionando a todo vapor, o plano de negócio também vai te ajudar. Com ele, você vai fazer os ajustes adequados para melhorar o desempenho dos processos e da equipe.

Pode ser que você já entenda a importância de um plano de negócio, mas não saiba como proceder para elaborar um que contemple as necessidades da sua empresa.

Essa preocupação é natural, já que o plano de negócio deve ser concebido levando em consideração as especificidades da empresa e as soluções oferecidas aos seus clientes.

Ou seja, não dá para copiar o plano de negócio de outro empreendimento, ainda que ele seja do mesmo segmento.

Elaboramos este artigo pensando na lista de dúvidas que costumam cercar os gestores e empreendedores quando o assunto é plano de negócio.

Nos próximos tópicos, você vai entender o que é plano de negócio, para que ele serve e por que você deve montar o seu.

Além disso, para que você já comece a elaborar seu plano de negócio quando terminar esta leitura, também vamos te explicar como fazê-lo e quais são os erros que você não pode cometer.

Continue a leitura!

O que é um plano de negócio?

Quando alguém te pergunta qual é o seu plano ou quais são os seus planos para alcançar determinada meta, você provavelmente deve elaborar uma resposta descrevendo algumas ideias. Ou seja, nesse caso, o conceito de plano está relacionado a algo abstrato. Não é desse tipo de plano que estamos falando.

Todo empreendedor tem planos de fazer seu negócio crescer e prosperar e é a partir desses planos que se começa a elaborar o plano de negócio.

Mas, então, o que é plano de negócio, se não corresponde exatamente aos planos do gestor para fazer a empresa se consolidar?

O plano de negócio pode ser definido como um documento escrito que engloba todas as informações detalhadas concernentes à empresa.

Alguns exemplos de informações que ele deve conter são:

  • Segmento de atuação do negócio;
  • Alcance geográfico;
  • Público-alvo;
  • Necessidades operacionais;
  • Quadro de colaboradores;

Além disso, os equipamentos e recursos necessários para que suas atividades sejam colocadas em prática e todas as demais informações que sejam necessárias ou viáveis para que o negócio funcione também devem estar no documento.

Ou seja, ele sai do campo das ideias abstratas e ganha caráter concreto quando é organizado como um documento.

Mas o plano de negócio não é apenas uma lista de informações necessárias ao funcionamento da empresa.

Nele também devem estar contidos os objetivos do empreendimento sob dois pontos de vista. O primeiro deles é o financeiro.

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Ou seja, o plano de negócios deve informar quais são as metas financeiras da organização em curto, médio e longo prazo.

A segunda vertente dos objetivos que devem estar expostos no plano de negócio é a especificação da missão, da visão e dos valores do mesmo.

Esses três itens vão funcionar como setas direcionadoras dos caminhos que o negócio deve percorrer e, certamente, terão muito peso sobre cada decisão da gestão.

Por isso, é importante levar a sério a concepção desses pilares e ter sempre em mente que eles devem estar visíveis em termos práticos, não se restringindo ao campo das ideias.

Por fim, além das informações sobre a empresa e do detalhamento de seus objetivos, o plano de negócio também deve descrever o passo a passo para o alcance desses objetivos.

E esse passo a passo deve ser elaborado tendo as informações listadas como pressupostos.

Por isso, os três itens do tripé do plano de negócios são indispensáveis: dados, objetivos e passo a passo.

Nesse sentido, podemos definir o plano de negócios como um roteiro que mostra tudo sobre a empresa dos pontos de vista financeiro, do marketing e da operacionalização.

Imagine-o como o roteiro de um filme: precisam ser detalhados os personagens, ambientações e objetos envolvidos (dados); quais são as metas dos personagens ou qual é o problema que eles precisam resolver (objetivos) e as ações que eles colocarão em prática até o desfecho da narrativa (passo a passo).

Para que serve o plano de negócio?

A partir do momento que você entende o que é plano de negócio, fica fácil inferir as diversas funções que ele pode exercer no cotidiano do negócio.

Para começar, podemos destacar que, para empresas que ainda não saíram do papel, o plano de negócio serve para avaliar a viabilidade do empreendimento.

Ou seja, a partir do plano de negócio, o empreendedor pode avaliar quais são as chances de sucesso do empreendimento.

Caso uma inviabilidade seja detectada, a partir do plano de negócio, será possível criar novas estratégias e redirecionar as informações e metas para alcançar o sucesso.

Portanto, a partir da elaboração de um plano de negócio consistente, você reduz os riscos do seu empreendimento e aumenta as possibilidades de êxito.

Mas se sua empresa já é atuante no mercado, não é tarde para elaborar um plano de negócio. Nesse caso, ele será útil para a avaliação do impacto de suas atividades.

Ou seja, será possível mensurar o desempenho do negócio, compreender o que deve ser melhorado e aprimorar os processos e procedimentos que já estiverem funcionando bem.

Além disso, um bom plano de negócio também é uma poderosa ferramenta de comunicação tanto para empresas que estão saindo do papel quanto para as que já são atuantes.

Como parte da sua estratégia de comunicação, a apresentação do plano de negócio pode atrair investimentos, viabilizar empréstimos, atrair novas parcerias e garantir que os colaboradores compreendam aonde vão chegar com sua atuação e qual será o caminho até lá.

Internamente, o plano de negócio também é uma ótima ferramenta de gestão e de planejamento.

Com ele, o gestor obtém clareza nos critérios de acompanhamento, monitoramento e avaliação do progresso do negócio.

Além disso, é a partir desse documento que é possível fazer uma comparação entre as projeções ou metas e as realizações feitas em cada período.

No que diz respeito ao planejamento, o plano de negócio é um orientador que ajuda o gestor a visualizar barreiras e encontrar alternativas.

Assim, ele funciona como um guia para os diferentes momentos e fases pelos quais o negócio passa.

Por que montar um plano de negócio?

Após compreender o que é plano de negócio e para que ele serve, é possível vislumbrar sua atuação como norteador dos caminhos da empresa.

Nesse sentido, podemos dizer que o primeiro motivo para que você tenha um plano de negócio é o estabelecimento ou melhoria da organização interna que ele proporciona ao negócio.

Outra razão para montar este documento é o potencial no que diz respeito à comunicação. Nesse sentido, ele vai te ajudar a atrair parceiros estratégicos e investimentos.

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Assim, mesmo que você não tenha os recursos financeiros para tirar o seu negócio do papel, com um bom plano de negócio você pode conseguir levantar fundos.

Através do plano de negócios, os parceiros ou investidores entenderão as perspectivas e a expectativa de retornos futuros da empresa.

Ou seja, é por meio deste documento que as empresas que ainda não possuem resultados comerciais para apresentar conseguem mostrar seu valor de maneira tangível.

As ações e decisões assertivas são outro motivo para que você monte um plano de negócio. Isso vale tanto para os gestores quanto para os colaboradores em geral.

Assim, com clareza sobre os objetivos e o caminho para atingi-los, é possível alinhar a atuação de todos de modo a empregar melhor os recursos disponíveis.

Tudo isso mostra que o plano de negócio precisa ser elaborado mesmo em empresas já consolidadas. E ele é necessário mesmo quando não há dificuldades na gestão.

É importante lembrar que o mercado é cada vez mais dinâmico e suas transformações são constantes.

Pense, por exemplo, nas necessidades e comportamentos dos clientes, que mudam de maneira acelerada.

Além disso, novos concorrentes podem entrar em cena apresentando soluções diferenciadas, mudando todo o contexto do segmento de negócios.

Em resumo, novas oportunidades e ameaças sempre vão surgir e é por isso que você deve montar e revisar periodicamente o seu plano de negócio, atualizando metas e estratégias.

Como montar o seu plano de negócio?

Se você chegou até aqui na leitura, certamente já entendeu a importância do plano de negócio e quer começar a montagem do seu.

O detalhamento e a ampliação das informações são muito importantes e, por isso, pode parecer complexo o ato de montar um plano de negócio.

Porém, se você seguir uma estrutura lógica, tudo fica mais simples. É claro que você deve considerar as especificidades da sua empresa, mas vamos apontar em seguida uma lista de itens que não podem faltar nesse documento.

  1. Sumário executivo: esta parte do plano de negócio deve conter as informações sobre a estrutura da empresa, como o segmento de atuação, dados dos sócios, enquadramento tributário e jurídico, capital social, missão, visão e valores;
  2. Análise de mercado: neste capítulo do plano de negócio, devem ser colocadas informações como o perfil do consumidor, lista de fornecedores, viabilidade técnica do negócio e análise da concorrência;
  3. Planejamento operacional: aqui deve ser detalhado o modelo de negócio com todos os itens que a empresa precisa para funcionar, incluindo os requisitos de espaço físico, máquinas e equipamentos necessários, todos os custos fixos e variáveis, quadro de colaboradores necessários com o detalhamento dos enquadramentos funcionais e a projeção dos processos operacionais e da capacidade produtiva;
  4. Planejamento de marketing: sim, o marketing é mais do que necessário e você não pode considerar este investimento supérfluo. Para vender, você precisa divulgar. Assim, o planejamento de marketing dentro do plano de negócio detalha as ações promocionais que vão fazer com que seus clientes em potencial conheçam o seu negócio. O plano de marketing deve conter a descrição dos seus produtos ou serviços a serem oferecidos como soluções para a resolução de demandas do consumidor, a abrangência geográfica do seu atendimento, o seu calendário promocional e as verbas que poderão ser investidas em cada ação;
  5. Planejamento financeiro: nesta parte devem ser levantadas todas as informações financeiras do negócio, inclusive as metas e divisão das verbas. Você deve apresentar o investimento que deve ser feito em equipamentos, sistemas, contratação de pessoal, custo imobiliário, capital de giro, custos fixos e variáveis, além das estimativas de custos comerciais, faturamento e prazo de retorno.

Lembre-se de que após a montagem do plano de negócio ele deve ser utilizado como documento orientador de todas as ações internas da sua gestão.

Não se trata de um documento para ficar na gaveta. Ele, inclusive, precisa ser revisado e aprimorado periodicamente.

A partir de sua elaboração e acompanhamento minucioso dos resultados do negócio, será possível garantir a obtenção do retorno esperado dentro dos prazos determinados.

Erros mais comuns na elaboração de um plano de negócio

Como vimos no tópico anterior, a montagem do plano de negócio pode ser um processo complexo e é natural que alguns erros sejam cometidos.

Porém, quanto mais erros se acumularem, mais comprometido ficará o potencial do plano de negócio.

Por isso, listamos os erros mais comuns cometidos pelos gestores ao elaborarem este documento.

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Assim, você poderá evitar muitos deslizes e tornar o seu plano de negócio realmente eficaz. Veja a lista:

  • Imprecisão no modelo de negócio: esse modelo representa a estrutura de funcionamento da empresa, então, se falta algum dado, é melhor defini-lo antes de fechar o plano de negócio;
  • Otimismo exagerado: o entusiasmo com as possibilidades do seu negócio é natural, mas, para demonstrá-lo no plano de negócio, é preciso fundamentá-lo com dados concretos;
  • Subvalorização das fraquezas e ameaças: todo negócio contará com alguns riscos e você deve analisá-los a fundo para evitar que seus planos sejam inviabilizados;
  • Desconhecimento sobre o mercado: não basta saber tudo sobre as soluções que você oferece, é preciso entender em que contexto o negócio se insere. Então, não deixe de fazer uma análise de mercado;
  • Desconexão entre os itens do documento: todas as partes do plano de negócio precisam se comunicar e manter-se integradas, como um quebra-cabeças;
  • Falta de detalhamento quanto à parte financeira: o planejamento financeiro pode ser considerado a parte mais importante do plano de negócio e precisa ser feito com a devida atenção. Por isso, não faça projeções fantasiosas para que não sejam detectadas inconsistências no seu plano.

Agora você já sabe o que é plano de negócio, conhece sua importância e sabe como montá-lo.

E a montagem cuidadosa desse documento é o primeiro passo para a implementação de uma gestão inteligente. Com o detalhamento dos recursos exposto no plano de negócio, você saberá exatamente como aplicar a tecnologia e a inovação no empreendimento.